segunda-feira, 26 de julho de 2010

XIII

voava entre nuvens verdes com cheiro de groselha, bem mais alto que os cumes mais altos das montanhas mais altas. a seu lado flutuava uma orquestra de sapos desafinados, que a faziam rir e soltar bolhas de sabão de erva-doce entre soluços.
num piscar de 3 olhos já estava debaixo d`água, segurando as longas barbas de uma sereia-gigante entre corais que lhe sorriam e peixes-palhaço tristonhos com chapéu côco. poder respirar naquele lugar nem lhe causou surpresa, pois desde que se entendia por gente passeava por ali. quase toda noite.
foi quando caminhava numa grande biblioteca que viu uma pequena lâmpada apagando aos poucos num corredor. então todas as outras luzes se apagaram, enquanto aquela primeira lâmpada ainda resistia, piscando lentamente. tentou correr até ela, mas quando se aproximou, sentiu-se caindo num grande precipício.
acordou no chão, ao lado da cama.
por mazé mixo

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