Miguel tinha a pele alva como a de um gringo. Mas morava em um sítio invadido em Tinguá. Toda a tarde brincava de pique esconde com sua mãe mulata, de cabelos esvoaçantes. Eles adentravam mata selvagem e se escondiam atrás de árvores sem nomes. Filho único, Miguel achava que segurança era gritar sua matriarca e ser sempre correspondido.
No dia em que tudo ficou escuro, ele estava de short curto e sem blusa. Corria solto tentando encontrar a árvore perfeita. Quando gritou Mãe, a luz se foi. De dentro de seu peito, a palavra repetiu-se desesperadamente. E junto com ela, uma sensação de que precisava correr. A pele cortou-se entre os galhos que o seguravam, o short molhou-se com o orvalho que pingou das folhas. Miguel gritou até ficar rouco. E pela primeira vez, em nove anos de existência, sua mãe não respondeu.
No dia em que tudo ficou escuro, ele estava de short curto e sem blusa. Corria solto tentando encontrar a árvore perfeita. Quando gritou Mãe, a luz se foi. De dentro de seu peito, a palavra repetiu-se desesperadamente. E junto com ela, uma sensação de que precisava correr. A pele cortou-se entre os galhos que o seguravam, o short molhou-se com o orvalho que pingou das folhas. Miguel gritou até ficar rouco. E pela primeira vez, em nove anos de existência, sua mãe não respondeu.
por hanny saraiva
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