quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CXXIV

Peguei papel e caneta, e rabisquei o sol.
Repentinamente, tudo escureceu.
Esfreguei os olhos,  olhei ao redor. Nada. Ainda estava escuro.
Apertei as pálpebras, pisquei rápido várias vezes. Nada.
Recebi um telefonema, era meu irmão, aos prantos.
Não, ele não tem medo de escuro. Só do futuro.
E ainda temos.

por elaine esteves

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